quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

algum dia

Um dia haveremos de esquecer,
Nossas lembranças se apagarão como o desligar de uma lâmpada.
A sala de visita ficará vazia
Ninguém vai ligar qualquer dias desses.
E alguém estará esperando uma voz,
Mas a voz já emudeceu faz tempo.
outro dia esqueceremos muita coisas,
Não andaremos mais de bicicletas.
Não escreveremos mais bilhetinhos para amigos.
E talvez estes (certamente) em breve serão figuras longiquas demais.
E nos perguntaremos quem são as criaturas que estão nas fotos do álbum de memórias.
O número deles não mais existirão.
Um dia esqueceremos o gosto do primeiro beijo,
o rosto do primeiro amor d criança,
ele não existe mais,fez-se um buraco invisível.
Ninguém lembra o nome.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Uma onda, ondas

O que são realmente as ondas?
Se não uma sucessão de águas que se dobram e depositam na praia um beijo,
quase roubado da amante que dá e tira.
Se contorcem, se revolvem, erguem-se como aquelas cortesãs que dardejavam pelo palácio de Versalhes.
Arqueia como se assim fosse beber algo proibido,
mas logo retiram deixando um vazio,
não se alargam, mas deixam uma marca como dois corpos que marcam os lençõis,
deixam um cheiro almiscarado no ar.
Mas o que é uma onda?
Tem um cheiro de sal,
e só dá no mar.
Não há outro lugar,
ergue-se, dobra-se, beija,
para depois voltar ao seu lugar.
O que é uma onda, beira-mar?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A morte

Hoje eu sonhei que tinha morrido
Que eu tinha chegado ao fim.
Percebi que um olhar sonbrio
Olhava para mim.
Enquanto eu pelejava por vastas terras,
me deparava com sete reino comandados
por sete espíritos que não reercanavam.
Me pavorei, fiquei desesperado,
Não sabia o que fazer
Mas de repente acordei
e percebi que era só um sonho.
Poema escrito pelo meu aluno da 6 série Mateus Lucas.Salvador 09 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

A nossa vida

Fim de semestre todo mundo surta, também não é para menos, o tempo se torna curto diante de provas, seminários, resenhas, artigos, enfim, um amontoado de avaliações que aos nossos olhos parece não ser finito. Meu Deus!Não aguento mais! Reclama o estudante que passa carregando uma enciclopédia em baixo do braço. Se isso acontece com você tenha calma, não chute o pobre do cachorro, tão pouco queira esganar o seu novo amor. Normalmente eles não têm culpa. Quem sabe, não passam pelo mesmo problema que você?! Eu sei, você dorme mal, come horrivelmente, lembra daquele sanduiche do tio? Vai dizer que não estava divino? Sei, você comeu ou melhor engoliu sem nem saber se tinha gosto de presunto verdadeiro.
È difícil, nunca mais foi ao cinema, não tem feito coisas normais com outra pessoa numa cama. Não fique assim, deprimido jamais! Respira fundo, Julho e Dezembro vão chegar e aí é adeus. Adeus ao professor chato, aos colegas que você não suporta mais ouvi a voz que dirá a cara. Só sombra e água fresca certo? Errado, você vai senti falta, vai roer as unhas loucamente. Vai querer tudo aquilo novamente, sabe porque? Você assim como eu ama essa vida corrida. Ama passar horas em frente dos livros, os devorando como se fossem um banquete dos deuses.
Essa, meus amigos é nossa sina, sermos eternos sofredores de um prazer académico. E justamente agora me veio a cabeça o que um amigo vive repetindo "Pediu pra entrar, agora peça pra sair". Você teria coragem de largar o que você tanto queria?! Claro que não! Você é estudante. Afinal, foram muitas noites sem dormir, horas de intensa batalha nas salas dos cursinhos, ter de deixar de lado os reggaes para disputar páreo a páreo com outras cabeças e no fim, lá estava seu nome entre os cinquenta aprovados. Tá certo não foi o primeiro lugar, mas foi. Por isso, não esquenta, a universidade, faculdade, ou seja lá o que for estará de esperando no próximo semestre.Ai, vem tudo novamente, mas engraçado tem caras novas, então você pensa: "Os calouros chegaram!" Você se lembra da primeira vez quando você, eu éramos novatos? Tínhamos tanto para aprender e como aprendemos e ainda continuamos a assimilar conhecimento. Tudo bem, tivemos que fazer uma prova final, mas o que seria de nós sem ela?!É verdade nem tudo dá para contar ou descrever nessas linhas. Tenho que ir até breve!

domingo, 25 de abril de 2010

As borboletas

Uma borboleta te beijou numa noite de verão,
Te arrebatou com suas asas negras,
E de olhos fechados te fez voar.

Lembro de te vê pairar no telhado de minha casa,
Do barulho silencioso que fez ao pousar,
Da lufada de vento que entrou pela janela.

Lembro do gosto de maresia que tinha tua pele
Ainda molhada das águas do mar,
Lembro do barulho da chuva
Quando você invadiu minha cama
Afastando os lenções de algodão.

O quanto a casa estava na penumbra
Nenhum rençonar de outro que dormia se ouvia,
Somente nós,
Dois apaixonados loucos,tolos
Vagando nos braços da noite,
Bebendo beijos
E lambendo abraços na roda do espaço.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Flores para minha irmã,
Flores que ela carrega nos cabelos negros.
Minha irmã fita o céu em lágrimas.
Minha irmã calça sandálias brancas
Usa vestidos coloridos de sol.
Minha irmã lava os cabelos com água de lavanda
Tem cheiro dos campos por onde andou
Carrega olhares de amor.
Trás um doce num sorriso que oferece
Gosta de rir entre as ondas da praia
Minha irmã beija com paixão
Mas tem uma voz que consome nossa alma.
Minha irmã parece que não envelhece
Tem o mesmo rosto de quando eu era menina.
Ela mora num retrato que guardo em minha gaveta,
Minha irmã vai ser assim,
Guardo-a entre minha alma,
Eu já envelheci,
Mas ela vai ser aquela que vai ter o mesmo olhar.
Eu já possuo rugas,
Ela ainda é um anjo,
Eu já não sorrio,
Ela ainda brilha.
Mas não tenho saudades dela
Eu me tornei mulher,
E minha irmã ficou na fotografia,
Eu amei muitos amantes,
Minha irmã não sei
Ficou na gaveta de meu pai,
E eu a roubei para mim.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Conversando com você

Não gosto de adeus, de ouvir você dizer que esta indo embora. E que talvez nos veremos no próximo ano ou na década que vem. É que tudo parece tão longe do toque de sua mão que se não fere, machuca, arranha como alfinete.
Tudo bem, não vou chorar, mas de vez em quando me liga só para conversar. Vai ser rápido, juro! Prometo que será muito breve, como uma picada de injeção.
Certo, sei que você estará muito ocupado, afinal tem um novo trabalho ou será uma nova namorada? Não sei, perdão, é minha imaginação que fantasia demais. Não fique bravo! Por favor, não quebre o vaso que foi de minha mãe, ela o adorava!
Vamos mudar de assunto? Conte-me qual foi o último livro que acabou de ler. Quero saber como anda o teu gosto.
Não quero me intrometer na sua vida, só estou curiosa, é natural, afinal um dia fomos muito mais que amigos ou já se esqueceu? Eu não. Me lembro de cada detalhe.
Ainda não consegui arrancar o poster que você colou na parede do quarto. Não empacotei todas as suas coisas, qualquer tarde venha busca-las, preciso de mais espaço, comprei roupas novas, sapatos lindos e não tenho onde guarda-los.
Sei que sou uma compradora compulsiva, mas o que posso fazer? Estou sempre precisando de coisas novas, mas vou me tratar. E não vou estourar o limite do cartão e ficar no vermelho e você não terá de vi me socorrer.
Conheci alguém, parece ser um cara legal. Não ainda não dormimos juntos. Mas ele beija muito bem. E ninguém se compara a você, sempre o melhor, nada menos que isso.
È, eu cortei, queria mudar um pouco, cansei de cabelos longos, curto é prático. È, sei que assim ficou melhor, eu estou melhor! Você quer passar essa noite aqui?! Tudo bem, vou arrumar o sofá. No sofá não?! Entendi, vem a cama continua a mesma.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Um sono, uma cama,um beijo

Não quero um sono qualquer em outros braços,
Por que quero agora, o teu abraço,
Teu cheiro de homem misturado ao suor de macho feroz.

Não quero um beijo de outra boca qualquer
Quero a tua devoradora e nua
Quente e como poucas gemente.

Suplico que me deite e de mim faça fêmea berrante
Quero morder meus lábios a dentadas agonizantes
E quero ser sufocada pelo teu corpo quente
Te quero sem camiseta e bermuda.

Lençóis atrapalham a combustão de nós
Te quero aninhado em mim
Acomodado exausto entre minhas pernas
Como um conquistador aventureiro.

Quero ser sacudida,
Arremessada contra as rochas da cama
Sentir a força, o inantigivel,
Aquilo que não se diz.

O dia me que comi o Escuretto

Lembro que derreteu na boca,
Enquanto salivava como o caçador espreitando a presa
Faminto, o devorei como trapo em minhas mãos.

Lembro de ter fechado os olhos experimentando
Enquanto minha língua roçava os lábios umidos
Acho que gemi como algum felino mostrando as garras
Um rosnado de vencedor.

O comi degustando como o vinho caro
Que o meu dinheiro não pode comprar
Mas mais do que sede, foi a fome.

O apetite de comê-lo como o último grão de trigo
No dia me que lembro de ter comido o Escuretto
Ficou um gosto de rebeldia na boca
Uma ânsia de um pouco mais.

A tentação de devorar outro pedaço
De sentir língua e tato
Gosto e sentido
Ruína e minha vitória quando comi o Escuretto.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Verdades

De quantas verdades é preciso para se acreditar
E de quantas estrelas tem que se roubar por um beijo
E de quantos livros seria preciso ler
E de quantos poemas recitar na alma
Para que ter de amar?
Achar as ruínas do que se pensou ser na vida,
Antes que algo inunde nossa alma
Levando consigo fragmentos de vidro.
Faz tempo, anos que não te escrevo
Meus cadernos estão cheios
E minha alma por demais vazia.
Faz tempo que não conversamos,
ficaram inúteis nossa voz.
Minhas mãos diferentes
Nem de longe fazem lembrar aquelas mãos
Que um dia te tocaram.