NÃO ME ENSINARAM A FECHAR MEUS OLHOS E APAGAR UM ROSTO
NÃO ME EXPLICARAM COMO MATAR UM SORRISO QUE PAIROU NO AR,
NÃO ME FALARAM COMO AFOGAR AS LÁGRIMAS SEM DERRAMÁ-LAS COMO LOUCA.
NUNCA ME SUSSURRARAM QUE NÃO DEVERIA SENTIR UMA DOR DE QUERER E NÃO PODER,
NÃO ME FALARAM DE NÃO ME DAR NO ESCURO DE UMA GRUTA.
NÃO, NUNCA MENCIONARAM QUE NÃO PODERIA ANDAR, CORRER PARA OS BRAÇOS,
BRAÇOS QUE UM DIA OUSARAM SE ESTREITAR E QUASE ME SUFOCAR DE DESEJO.
NÃO ME REPLICARAM QUE NÃO ERA PERMITIDO GRITAR QUANDO ALGO ME SUGASSE.
E QUE NUNCA DEVERIA DAR A ALGUÉM COMO QUEM ENTREGA A ALMA SEM PUDORES.
NÃO ME RESPONDERAM QUANDO INDAGUEI SOBRE O FOGO DE OUTRAS MÃOS QUE ESFOLARAM MINHA PELE
COMO CARÍCIAS QUASE MORTAIS.
NÃO ME MURMURARAM QUE CAMAS FORAM FEITAS APENAS PARA SONOS SOLITÁRIOS.
TÃO POUCO REFUTARAM QUANDO ME4 OSCULARAM NA CALÇADA DE UMA NOITE.
NÃO ME GRITARAM NADA,
PERDÃO ENTÃO, POR NÃO SER UMA MENINA DO PAPAI!
