quinta-feira, 26 de abril de 2012

E DEPOIS... NEM NOS FALAMOS MAIS

Queria descobrir o por que de não nos olharmos mais. Acaso de repente a magia se foi como aquela noite. Será que tudo não passou de um sonho e ao acordar tudo se foi como a brisa que havia nos beijado? Me pergunto o que deu errado, nunca pedi mais do que você poderia me dá, na verdade não lhe pedi nada. Foi você quem chegou querendo mais do que oferecia, os sorrisos, a fala mansa de gato manhoso...brincando de menino travesso, louco pelo sabor de um doce.
E agora já não nos olhamos, falar então nem se fala, nem brigamos e deu nisso. Culpa daquela vontade faminta de querer o que não se deve ter. Culpa da vontade de beijar, levar o outro à beira da loucura e achar que tudo vai continuar como antes, ou será que a culpada foram aquelas bebidas misturada com fruta e sabor de pecado? Estou tentando encontrar uma resposta e até agora me paro pensando que deveriamos ter sido de outros naquela noite, quem sabe assim a amizade não teria evaporado.
Não sei o que se passa pela sua cabeça, outro dia ouvi um amigo seu contar a história de você com uma garota que lhe prometeu o mundo com o olhar e sei que eu sou essa garota que disse nos olhos aquilo que não seria ouvido por você. Fica difícil te encontrar pelos corredores, fica difícil muitas coisas, e não me diga que nada acontece quando me vê. Estamos fugindo um do outro e nem sabemos a razão.

terça-feira, 24 de abril de 2012

CONFISSÕES

Ele me escreve,
Confessa que pensa no que falo,
No que lhe conto,
E me pergunta se dá pra beijar sabendo o que sabe de mim,
Pergunta se é amizade...
Eu o confundo,
O deixo na dúvida.

Ele me pergunta
Quer saber
Se é possível me beijar
e ainda me ter como amiga...
Me pergunta se pode ter os dois.

Ele confessa
Quer me beijar
Sentir meu cheiro,
Meu gosto,
Ele confessa...
que me quer inteira,
não aos pedaços...
Corpo... alma
Quer se perder em mim... enfim, ele quer deixar rolar.

Ele me confessa... o atraio,
o confundo...
faço perdê-lo a timidez...
Diz que gosta de meu humor...
Ele confessa... e eu confesso...
Não o amo ainda...
mas gosto dele.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

SEGREDO


Chega perto, bem perto,
deixa eu te contar um segredo:
Ela sabe que eu quero beijá-la...
Ela deixa, sei que deixa.

Chega perto, bem perto,
deixa eu te contar um segredo:
Eu disse,
disse que gosto dela!

Ela me olhou,
Até hoje não sei como reagiu os olhos dela.
Sei que ela me olhou
Ela gosta
Adora me deixar na dúvida.

Deixa eu te contar um segredo:
Deixa eu te contar outro segredo:
Você deixa?
Eu a aticei
Agora é ela quem me atiça
ela gostou
ela gosta da ideia
a ideia de ser beijada
a beijei
e agora... a beijo em sonho.

Deixa eu te contar um último segredo:
Não sei quando a beijarei de novo
e ela
e ela nem sabe do que minha boca é capaz.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

ELA


Se eu te disser que quero ela,
se eu te disser que a quero
A quero de todas as formas o que me diria?
Se eu te disser que a quero com sentimento...
Que a quero com carinho...
Gemidos...
Carne...
O que você me diria?

Se eu te disser que converso com ela,
que gasto créditos, fixo
que ela dorme tarde por minha culpa
que nos encontramos no mesmo lugar
que sou seu namorado invisível
o que você me diria?

Se eu te disser que ela e eu trocamos mensagens,
Que ela me atiça,
eu a atiço,
que minha imaginação voa por causa dela,
o que você me diria?

Não fique calada,
eu já disse que a quero de todas as formas,
com gemidos...
carinho...
carne
o que você me diria?

E se eu te disser que você é ela
e ela é você...
o que me diria?

quinta-feira, 5 de abril de 2012

DEZ PALAVRAS

Querem um poema de amor de dez palavras,
Soltas, são palavras sem juízo
Querem um poema que dê a sensação de matar a fome dos ouvidos alheios... mas não os meus.
Querem que o meu poema seja a maça de ouro
que se transforme
Que as dez palavras tenham metamorfose
Vivam...
Querem que uma se encaixe na outra,
mas na dúvida as palavras se chocam,
brigam,
desesperadas uma arranha a outra...
E na confusão do encaixe nada parece perfeito,
Lá vem o medo assombrar meu poema,
não sei onde encaixar a palavra futuro, menos uma...
Mas ainda querem um poema de amor
e tem que ser um poema de amor!

SE O POETA FALAR NUM GATO

E se o poeta falar num gato... que seja o gato de botas, um gato persa... o gato de meu irmão, Se o poeta falar num gato, no gato de meu irmão.
que tenha olhos brilhantes, pequenos... um gato preguiçoso, manhoso, eterno dorminhoco. Se o poeta falar num gato... que suas garras não arranhem os móveis E que quando acariciado não sangre a palma da mão, E se o poeta falar num gato... no gato de meu irmão, que seu miado seja um sussurro enquanto meu irmão o abraça.

MARIANA


Nem bem começa o dia,
E Mariana vem dá bom dia
Vem com passos carregados da leveza de uma fada Abraça...
Dá carinho E no desapego do abraço...
deixa a felicidade sorri quando vai embora.

Seu sorriso faz de mim sua serva, escrava, vassala.
Volta... olhos pintados de vermelho
Caiu, mostra o joelho... sujo de sangue,
Fruto da topada correndo pelo quintal.