segunda-feira, 21 de maio de 2012

HISTÓRIA ANTIGA

Quando nada mais restar de nossos abraços,
e nossas bocas ficarem secas de tristeza
dos beijos que não demos mais,
e quando uma lágrima de seus olhos rolarem
que eu possa dela beber uma última vez.

Peço que me escreva apenas uma vez,
E me conte coisas que não sei,
E que meu nome seja algum dia lembrado
Mesmo que seja no dia em que me esqueça
nos braços de outra.

E quando estiver mordendo outro pescoço,
que não tenha o perfume de lavanda,
e que a pele não seja macia pelo óleo que o uso.

Que ela não seja mais impulsiva do que fui,
e que nos lábios não traga a cor rosada que te ofereci
espero que quando a beijar sinta um nó na garganta
e voe para os meus braços...

E talvez possa te acolher num leve abraço.

domingo, 20 de maio de 2012

O CHEIRO DELA


Ela tem um cheiro
Viciante,
gostoso,
macio,
novo.

Gosto do cheiro dela...
De acariciar as pernas desnudas dela.
Gosto de me perder em suas formas arredondadas
o corpo que se esconde por debaixo das roupas que quero tirar.

Gosto dos seios dela...
mas não os toco...
ela ainda não deixa que minhas mãos os desvendem.


Gosto... do gosto
dela.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

BORBOLETAS VOAM!

Ele respira bem fundo e diz... diz que tem medo,
Diz bem baixinho, sussurrando
Gosta de mim, é o que diz,
E diz mais, teme... fica nervoso.

Teme que eu saia voando como borboleta
afinal sou imprevisível,
não palpável...
sou o mercúrio...
mutável...
inquieta.

Ele sussurra e diz que o conquisto,
Mas se assusta diante de meu silêncio,
teme que eu desapareça diante de seus olhos
o deixando com a corda na mão.

Provoco desenganos,
grandes... pequenos
o faço rir, mas nem tudo lhe conto,
Tenho meus segredos...
Sou a borboleta que não se prende,
Gosto de voar... não quero estar num único lugar.
Sou o ar,
você o fogo
dizem que juntos borbulhamos
você beija... abraça.
Mas até quando a borboleta deixará?