terça-feira, 31 de julho de 2012

SILÊNCIO, AMOR


Vem amor,
deita do meu lado...
não façamos barulho...
alguém dorme no outro quarto.

Vem amor,
o relógio arrasta suas horas...
Já é madrugada...
fale baixo...
relaxa, amor...

Vem amor,
trouxe o vinho... mas não façamos barulho
alguém dorme no outro quarto...

Vem amor,
deixa eu te fazer carinho...
deixa te afagar, beijar, relaxa amor.
As horas se arrastam... um grito preso na garganta...
silêncio amor,
dormem no outro quarto...

Desculpa amor,
mas é preciso fazer silêncio... você sabe... eles dormem no outro quarto.
Me espera amor, vou levar o vinho e as taças...
mas volto... me espera, amor.

domingo, 22 de julho de 2012

DE ABRIL A ABRIL...



É, realmente, devo ter deixado de olhar alguma coisa, do contrário não estaria sentada escrevendo pra você. Devo ter deixado passar algo, do contrário não estaria pensando o quanto você me faz querer mais do que poderia querer agora...
Não sei, não me pergunte sobre o que não posso nem quero responder... Sei apenas que quero que você me abrace bem forte, me beije mais do que ontem e menos do que a última vez que nos vemos... você sabe, o quanto te quero, o quanto te adoro, se não falo sempre é simplesmente por querer que você fique desconfiando...
Pode rir, não me importo, adoro te fazer rir... Adoro nossas tardes em seu quarto, a porta sendo fechada, nós deitados em sua cama, alternando conversas com beijos longos... um ouvindo a respiração do outro...
Outro dia parei pra pensar a razão de nós nos darmos tão bem... E a melhor resposta que encontrei é que um cabeça cabeça não pode ser montado com peças iguais. Somos tão diferentes e nossos corpos se conhecem, se querem... mas às vezes penso que tudo é tão bom, tão perfeito que pode se quebrar de repente... e preciso te querer de abril a abril... e que o pra sempre seja mesmo pra sempre... que abril seja sempre abril e o pra sempre seja pra sempre...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Nossas bocas

Beijos que seduzem...
Lábios que roçam...
Bocas que se encontram...

Seus beijos seduzem quando nossos lábios se encontram...
roçam,
as bocas se procuram,
se acham...
se perdem uma na outra...

Nossos lábios se afastam...
Voltam mais ávidos...
Mais saudosos...
Querem mais...

Nossas bocas se inquietam,
impacientam...
Pedem mais
E ainda é pouco.

O PAPEL



Faz tempo que não te escrevo, ficaram quietas as palavras que tentei colocar no papel. Ficaram quietas as coisas que tanto pensava quando os meus olhos vasculhavam a folha em branco, as mãos queriam desenhar, rabiscar, mas as ideias se perdiam em meio aos beijos que recebia.
Pode apostar que faz tempo que não procuro o papel, abandonei meu melhor amigo para me perder em outro confidente. Mas há tanto para escrever, tanto para contar que ás vezes me perco no papel em branco, encontrando o melhor sonho para lhe contar. Posso lhe contar que andei de mãos dadas, aos beijos. Posso lhe dizer que passei horas nos braços de meu namorado, sentindo suas mãos deslizarem pelo meu corpo e querendo mais, muito mais, me dobrando sedenta de vontades que meu corpo pedia.
Enfim... posso dizer ao papel meus segredos mais quietos e mais secretos... e esperar que ele não conte a mais ninguém...