quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

As noites

Reclama um poema,
Reclama um fragmento de mim,
Reclama um beijo.
Um abraço,
Reclama meu corpo...
Reclama os dias em que não deitei em tua cama.

Reclama... diz que sentiu falta.
Conta os dias... as noites sozinho...
as noites em que não me abraçou nua.
As noites em que não pôde me beijar antes de dormir.

PARA QUEM TEM NAMORADO



Para quem tem namorado...
o abraçe hoje... o ame agora...
Para quem tem namorado,
O segure bem forte.

Para quem tem namorado...
Não o sufoque com ciúmes tolos,
brigas que podem ser solucionadas numa conversa...
Deixe que pela manhã enquanto seus olhos dormem...
ele sussurra: eu te amo!

Para quem quer um namorado...
Saia do seu mundo de príncipe encantado,
e olhe o homem que te sorri e te liga...
que passa horas ao telefone.

terça-feira, 31 de julho de 2012

SILÊNCIO, AMOR


Vem amor,
deita do meu lado...
não façamos barulho...
alguém dorme no outro quarto.

Vem amor,
o relógio arrasta suas horas...
Já é madrugada...
fale baixo...
relaxa, amor...

Vem amor,
trouxe o vinho... mas não façamos barulho
alguém dorme no outro quarto...

Vem amor,
deixa eu te fazer carinho...
deixa te afagar, beijar, relaxa amor.
As horas se arrastam... um grito preso na garganta...
silêncio amor,
dormem no outro quarto...

Desculpa amor,
mas é preciso fazer silêncio... você sabe... eles dormem no outro quarto.
Me espera amor, vou levar o vinho e as taças...
mas volto... me espera, amor.

domingo, 22 de julho de 2012

DE ABRIL A ABRIL...



É, realmente, devo ter deixado de olhar alguma coisa, do contrário não estaria sentada escrevendo pra você. Devo ter deixado passar algo, do contrário não estaria pensando o quanto você me faz querer mais do que poderia querer agora...
Não sei, não me pergunte sobre o que não posso nem quero responder... Sei apenas que quero que você me abrace bem forte, me beije mais do que ontem e menos do que a última vez que nos vemos... você sabe, o quanto te quero, o quanto te adoro, se não falo sempre é simplesmente por querer que você fique desconfiando...
Pode rir, não me importo, adoro te fazer rir... Adoro nossas tardes em seu quarto, a porta sendo fechada, nós deitados em sua cama, alternando conversas com beijos longos... um ouvindo a respiração do outro...
Outro dia parei pra pensar a razão de nós nos darmos tão bem... E a melhor resposta que encontrei é que um cabeça cabeça não pode ser montado com peças iguais. Somos tão diferentes e nossos corpos se conhecem, se querem... mas às vezes penso que tudo é tão bom, tão perfeito que pode se quebrar de repente... e preciso te querer de abril a abril... e que o pra sempre seja mesmo pra sempre... que abril seja sempre abril e o pra sempre seja pra sempre...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Nossas bocas

Beijos que seduzem...
Lábios que roçam...
Bocas que se encontram...

Seus beijos seduzem quando nossos lábios se encontram...
roçam,
as bocas se procuram,
se acham...
se perdem uma na outra...

Nossos lábios se afastam...
Voltam mais ávidos...
Mais saudosos...
Querem mais...

Nossas bocas se inquietam,
impacientam...
Pedem mais
E ainda é pouco.

O PAPEL



Faz tempo que não te escrevo, ficaram quietas as palavras que tentei colocar no papel. Ficaram quietas as coisas que tanto pensava quando os meus olhos vasculhavam a folha em branco, as mãos queriam desenhar, rabiscar, mas as ideias se perdiam em meio aos beijos que recebia.
Pode apostar que faz tempo que não procuro o papel, abandonei meu melhor amigo para me perder em outro confidente. Mas há tanto para escrever, tanto para contar que ás vezes me perco no papel em branco, encontrando o melhor sonho para lhe contar. Posso lhe contar que andei de mãos dadas, aos beijos. Posso lhe dizer que passei horas nos braços de meu namorado, sentindo suas mãos deslizarem pelo meu corpo e querendo mais, muito mais, me dobrando sedenta de vontades que meu corpo pedia.
Enfim... posso dizer ao papel meus segredos mais quietos e mais secretos... e esperar que ele não conte a mais ninguém...

terça-feira, 5 de junho de 2012

E AGORA DRUMMOND?

E agora Drummond?
Me diz como dizer a arte de lutar com as palavras,
Me ensina essa missa
Conta teu segredo de persuadi-las sem machucá-las
Não quero violá-las.


E agora Drummond?
Aparece em sonho,
Psicografa,
Diz como é ser um lutador
um domador delas,
Quando minha mão não sabe a arte de desenhar o contorno no papel.


E agora Drummond?
Você morreu e me deixou sem saber o que fazer
no seu caminho tinha uma pedra... no meu uma palavra.
Somente uma que não sei ainda onde encaixar.

Psicografa Drummond,
Revela teu segredo,
Juro não conto a mais ninguém,
Se não me contar teu segredo...
Serei sempre escrava delas.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

HISTÓRIA ANTIGA

Quando nada mais restar de nossos abraços,
e nossas bocas ficarem secas de tristeza
dos beijos que não demos mais,
e quando uma lágrima de seus olhos rolarem
que eu possa dela beber uma última vez.

Peço que me escreva apenas uma vez,
E me conte coisas que não sei,
E que meu nome seja algum dia lembrado
Mesmo que seja no dia em que me esqueça
nos braços de outra.

E quando estiver mordendo outro pescoço,
que não tenha o perfume de lavanda,
e que a pele não seja macia pelo óleo que o uso.

Que ela não seja mais impulsiva do que fui,
e que nos lábios não traga a cor rosada que te ofereci
espero que quando a beijar sinta um nó na garganta
e voe para os meus braços...

E talvez possa te acolher num leve abraço.

domingo, 20 de maio de 2012

O CHEIRO DELA


Ela tem um cheiro
Viciante,
gostoso,
macio,
novo.

Gosto do cheiro dela...
De acariciar as pernas desnudas dela.
Gosto de me perder em suas formas arredondadas
o corpo que se esconde por debaixo das roupas que quero tirar.

Gosto dos seios dela...
mas não os toco...
ela ainda não deixa que minhas mãos os desvendem.


Gosto... do gosto
dela.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

BORBOLETAS VOAM!

Ele respira bem fundo e diz... diz que tem medo,
Diz bem baixinho, sussurrando
Gosta de mim, é o que diz,
E diz mais, teme... fica nervoso.

Teme que eu saia voando como borboleta
afinal sou imprevisível,
não palpável...
sou o mercúrio...
mutável...
inquieta.

Ele sussurra e diz que o conquisto,
Mas se assusta diante de meu silêncio,
teme que eu desapareça diante de seus olhos
o deixando com a corda na mão.

Provoco desenganos,
grandes... pequenos
o faço rir, mas nem tudo lhe conto,
Tenho meus segredos...
Sou a borboleta que não se prende,
Gosto de voar... não quero estar num único lugar.
Sou o ar,
você o fogo
dizem que juntos borbulhamos
você beija... abraça.
Mas até quando a borboleta deixará?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

E DEPOIS... NEM NOS FALAMOS MAIS

Queria descobrir o por que de não nos olharmos mais. Acaso de repente a magia se foi como aquela noite. Será que tudo não passou de um sonho e ao acordar tudo se foi como a brisa que havia nos beijado? Me pergunto o que deu errado, nunca pedi mais do que você poderia me dá, na verdade não lhe pedi nada. Foi você quem chegou querendo mais do que oferecia, os sorrisos, a fala mansa de gato manhoso...brincando de menino travesso, louco pelo sabor de um doce.
E agora já não nos olhamos, falar então nem se fala, nem brigamos e deu nisso. Culpa daquela vontade faminta de querer o que não se deve ter. Culpa da vontade de beijar, levar o outro à beira da loucura e achar que tudo vai continuar como antes, ou será que a culpada foram aquelas bebidas misturada com fruta e sabor de pecado? Estou tentando encontrar uma resposta e até agora me paro pensando que deveriamos ter sido de outros naquela noite, quem sabe assim a amizade não teria evaporado.
Não sei o que se passa pela sua cabeça, outro dia ouvi um amigo seu contar a história de você com uma garota que lhe prometeu o mundo com o olhar e sei que eu sou essa garota que disse nos olhos aquilo que não seria ouvido por você. Fica difícil te encontrar pelos corredores, fica difícil muitas coisas, e não me diga que nada acontece quando me vê. Estamos fugindo um do outro e nem sabemos a razão.

terça-feira, 24 de abril de 2012

CONFISSÕES

Ele me escreve,
Confessa que pensa no que falo,
No que lhe conto,
E me pergunta se dá pra beijar sabendo o que sabe de mim,
Pergunta se é amizade...
Eu o confundo,
O deixo na dúvida.

Ele me pergunta
Quer saber
Se é possível me beijar
e ainda me ter como amiga...
Me pergunta se pode ter os dois.

Ele confessa
Quer me beijar
Sentir meu cheiro,
Meu gosto,
Ele confessa...
que me quer inteira,
não aos pedaços...
Corpo... alma
Quer se perder em mim... enfim, ele quer deixar rolar.

Ele me confessa... o atraio,
o confundo...
faço perdê-lo a timidez...
Diz que gosta de meu humor...
Ele confessa... e eu confesso...
Não o amo ainda...
mas gosto dele.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

SEGREDO


Chega perto, bem perto,
deixa eu te contar um segredo:
Ela sabe que eu quero beijá-la...
Ela deixa, sei que deixa.

Chega perto, bem perto,
deixa eu te contar um segredo:
Eu disse,
disse que gosto dela!

Ela me olhou,
Até hoje não sei como reagiu os olhos dela.
Sei que ela me olhou
Ela gosta
Adora me deixar na dúvida.

Deixa eu te contar um segredo:
Deixa eu te contar outro segredo:
Você deixa?
Eu a aticei
Agora é ela quem me atiça
ela gostou
ela gosta da ideia
a ideia de ser beijada
a beijei
e agora... a beijo em sonho.

Deixa eu te contar um último segredo:
Não sei quando a beijarei de novo
e ela
e ela nem sabe do que minha boca é capaz.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

ELA


Se eu te disser que quero ela,
se eu te disser que a quero
A quero de todas as formas o que me diria?
Se eu te disser que a quero com sentimento...
Que a quero com carinho...
Gemidos...
Carne...
O que você me diria?

Se eu te disser que converso com ela,
que gasto créditos, fixo
que ela dorme tarde por minha culpa
que nos encontramos no mesmo lugar
que sou seu namorado invisível
o que você me diria?

Se eu te disser que ela e eu trocamos mensagens,
Que ela me atiça,
eu a atiço,
que minha imaginação voa por causa dela,
o que você me diria?

Não fique calada,
eu já disse que a quero de todas as formas,
com gemidos...
carinho...
carne
o que você me diria?

E se eu te disser que você é ela
e ela é você...
o que me diria?

quinta-feira, 5 de abril de 2012

DEZ PALAVRAS

Querem um poema de amor de dez palavras,
Soltas, são palavras sem juízo
Querem um poema que dê a sensação de matar a fome dos ouvidos alheios... mas não os meus.
Querem que o meu poema seja a maça de ouro
que se transforme
Que as dez palavras tenham metamorfose
Vivam...
Querem que uma se encaixe na outra,
mas na dúvida as palavras se chocam,
brigam,
desesperadas uma arranha a outra...
E na confusão do encaixe nada parece perfeito,
Lá vem o medo assombrar meu poema,
não sei onde encaixar a palavra futuro, menos uma...
Mas ainda querem um poema de amor
e tem que ser um poema de amor!

SE O POETA FALAR NUM GATO

E se o poeta falar num gato... que seja o gato de botas, um gato persa... o gato de meu irmão, Se o poeta falar num gato, no gato de meu irmão.
que tenha olhos brilhantes, pequenos... um gato preguiçoso, manhoso, eterno dorminhoco. Se o poeta falar num gato... que suas garras não arranhem os móveis E que quando acariciado não sangre a palma da mão, E se o poeta falar num gato... no gato de meu irmão, que seu miado seja um sussurro enquanto meu irmão o abraça.

MARIANA


Nem bem começa o dia,
E Mariana vem dá bom dia
Vem com passos carregados da leveza de uma fada Abraça...
Dá carinho E no desapego do abraço...
deixa a felicidade sorri quando vai embora.

Seu sorriso faz de mim sua serva, escrava, vassala.
Volta... olhos pintados de vermelho
Caiu, mostra o joelho... sujo de sangue,
Fruto da topada correndo pelo quintal.