quinta-feira, 1 de abril de 2010

Conversando com você

Não gosto de adeus, de ouvir você dizer que esta indo embora. E que talvez nos veremos no próximo ano ou na década que vem. É que tudo parece tão longe do toque de sua mão que se não fere, machuca, arranha como alfinete.
Tudo bem, não vou chorar, mas de vez em quando me liga só para conversar. Vai ser rápido, juro! Prometo que será muito breve, como uma picada de injeção.
Certo, sei que você estará muito ocupado, afinal tem um novo trabalho ou será uma nova namorada? Não sei, perdão, é minha imaginação que fantasia demais. Não fique bravo! Por favor, não quebre o vaso que foi de minha mãe, ela o adorava!
Vamos mudar de assunto? Conte-me qual foi o último livro que acabou de ler. Quero saber como anda o teu gosto.
Não quero me intrometer na sua vida, só estou curiosa, é natural, afinal um dia fomos muito mais que amigos ou já se esqueceu? Eu não. Me lembro de cada detalhe.
Ainda não consegui arrancar o poster que você colou na parede do quarto. Não empacotei todas as suas coisas, qualquer tarde venha busca-las, preciso de mais espaço, comprei roupas novas, sapatos lindos e não tenho onde guarda-los.
Sei que sou uma compradora compulsiva, mas o que posso fazer? Estou sempre precisando de coisas novas, mas vou me tratar. E não vou estourar o limite do cartão e ficar no vermelho e você não terá de vi me socorrer.
Conheci alguém, parece ser um cara legal. Não ainda não dormimos juntos. Mas ele beija muito bem. E ninguém se compara a você, sempre o melhor, nada menos que isso.
È, eu cortei, queria mudar um pouco, cansei de cabelos longos, curto é prático. È, sei que assim ficou melhor, eu estou melhor! Você quer passar essa noite aqui?! Tudo bem, vou arrumar o sofá. No sofá não?! Entendi, vem a cama continua a mesma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário